O Baru, também conhecido como cumbaru, barujo ou coco-feijão, cujo nome científico é Dypterix alata vog, é uma planta originária do cerrado brasileiro, bioma que ocupa ¼ do território Nacional. Até meados dos anos de 1960 era pouco conhecido como fonte alimentar. Do despertar do seu uso aos dias atuais, seu consumo tem crescido em grande escala, daí surge a necessidade de elaborar projetos que definam uma linha política sócio-educativa na exploração desta matéria prima.
Devido às necessidades impostas pelo novo Código
Florestal Brasileiro, sobretudo as relacionadas ao reflorestamento das
RFL (Reservas Florestais Legais) e APP (Área de Preservação
Permanente), o Baru se apresenta como uma excelente alternativa.
Adicionalmente, o Baruzeiro também pode ser cultivado com a finalidade
da comercialização de sua madeira, que é de excelente qualidade. Outro
ponto que merece destaque é no sombreamento de pastos utilizados na
pecuária. Animais de alta produção, expostos aos efeitos radioativos
diretos do
sol, sofrem mais com o estresse calórico do que àqueles animais
protegidos em locais sombreados.
Em se tratando de árvores frutíferas, o benefício é ainda maior, pois o
Baru é muito apreciado por animais e seu alto valor nutritivo oferece
ainda mais benefícios ao rebanho.
Pela riqueza energética dos seus nutrientes
(vitaminas, sais minerais e gorduras vegetais), as castanhas do baru
estão associadas a sexualidade revelando-se, assim, um alimento
naturalmente afrodisíaco.
Outros benefícios estão relacionados à redução do colesterol e
prevenção de doenças cardiocirculatórias, pois é rico em minerais como
zinco, magnésio, ferro, fósforo e potássio e rico em ácidos graxos.
Também tem poderes antiflamatórios e antivirais, devido à
presença da catequina e ácidos gálico e elático. A sua importância no
uso medicinal já tem sido notada em várias pesquisas que estão sendo
desenvolvidas.
A conscientização da população e pessoal
envolvidos no projeto
sobre sua importância na alimentação, levando em consideração
seu alto valor nutricional, pois, dentre outras propriedades, possui
nível protéico de 26,3% (valor maior do que o encontrado no coco da
Bahia), lipídeos (33,3%) e ácidos graxos insaturados (75,6%). Também é
rico em ômega 3, 6 e 9.
No centro-oeste brasileiro o Baru já faz parte, de maneira frequente,
da sua culinária e, à medida que os estudos vão chegando ao conhecimento
dos grandes centros, ele já começa a ser aceito e usado por grandes chefs
em restaurantes de alto padrão.
Este é apenas um dos motivos que ressalta uma maior necessidade de
divulgação do que é o Baru, que é um dos objetivos deste projeto.
Especialistas em ciências de alimentos e nutricionistas já avançam suas
pesquisas, de maneira a esclarecer os inúmeros benefìcios de consumir o
Baru. Consumo este que deve ser bem orientado, pois o Baru é muito
calórico.